O paulistano Augusto Liberato nasceu com muita vontade de vencer. Com essa garra, trilha carreira brilhante na televisão brasileira. O sucesso veio com muito trabalho, sorte e talento.
O primeiro emprego veio aos 12 anos como office-boy da imobiliária de Aparecido Rosa Lima. Nas horas vagas, começou a enviar sugestões de novas atrações para Sílvio Santos que, após três semanas, decidiu aproveitar algumas ideias e pagar por elas. “Ele me pagou Cr$ 50 por cada ideia e ganhei num único dia mais do que o meu salário, que era Cr$ 156″, diz Gugu.
Seis meses mais tarde, já com 14 anos, foi contratado como assistente de produção de Sílvio Santos. Aparecido Lima, o primeiro patrão, aconselhou-lhe que seguisse carreira na TV, pois percebia que esta era a grande paixão de Gugu. “Eu já estava ganhando, só com sugestões, Cr$ 1.000 por mês. Aí o Sílvio me contratou por Cr$ 450″, lembra.
Aos 19, tornou-se produtor do Domingo no Parque e doCidade Contra Cidade apresentados por Sílvio na extinta TV Tupi. No entanto, Gugu desistiu da carreira para fazer faculdade de Pedagogia (cursou durante 1 ano) e Odontologia (apenas por 3 meses) em Marília, mas desistiu. Lembrou de conselhos de várias amigos, entre eles o próprio Sílvio, que lhe disse: “você não vai gostar de ficar olhando para as bocas das pessoas”.
Em 1978, Gugu foi para Itatiba, cidade próxima a Campinas, com a missão de produzir o programa Cidade Contra Cidade. Trabalhou na Rádio Progresso, na qual apresentou um programa criado por ele chamado Você Sabia?.
Pouco tempo depois, conseguiu um emprego de repórter no programaCaravela da Saudade da TV Record ganhando Cr$ 6 mil. Silvio Santos fica sabendo de sua volta e o contrata por Cr$ 18 mil. Logo, Gugu começou a apresentar o quadro “Semana do Presidente” e acompanhar o presidente João Figueiredo em suas viagens pelo exterior. Na verdade, Gugu queria ser repórter internacional.
Em 1981, passou a comandar o programa Sessão Premiada, uma gincana com a participação de telespectadores por telefone nos intervalos dos filmes exibidos. Foi o momento em que Gugu percebeu que levava jeito para a coisa. O sucesso realmente começa em 1982 quando Gugu é convidado a apresentar o Viva a Noite, exibido nas noites de sábado. Não demorou e a atração já era campeã de audiência. Certa vez, atingiu 38 pontos no IBOPE. Nessa época, estouraram músicas como “Baile dos Passarinhos” e “Docinho Docinho”.
Gugu aproveitou a fama e começou a fazer shows em circos pelo país. Rapidamente, surgiu sua primeira empresa. A Promoart agenciava sua carreira artística, trouxe o grupo porto-riquenho Menudos para o Brasil e lançou conjuntos nacionais como Dominó, Polegar e Banana Split.
Gugu começou a conquistar mais espaço. Em 1988, tinha assinado contrato com a TV Globo, porém, após ter mudado de casa e com o cenário pronto para a sua estreia na emissora carioca, Sílvio foi buscá-lo de volta para o SBT. A partir de então, a dupla começou a dividir as tardes de domingo. Gugu lançou vários programas em seu horário: Corrida Maluca, TV Animal,Big Domingo, Programa de Vídeos, Super Paradão, Play Game, Domingugu,Nações Unidas, Disco de Ouro e Domingo Legal. Trouxe de volta à telinha os programas Cidade Contra Cidade e Passa ou Repassa, antigos sucessos do patrão. Aos sábados: Sabadão Sertanejo, Paradão e Sabadão.
A Promoart cresceu. Ganhou uma filial, a Promoart Assessoria, que prestava assessoria de imprensa para os artistas, e depois veio a Gugu Produções e Merchandising (GPM), em parceria com Beto Carrero. Essa sociedade existe até hoje através da GGP Produtora, empresa que cuida do espaço publicitário de seus programas, vende a marca do Gugu, grava comerciais e investe na produção de programas independentes.
O Domingo Legal é o programa com o qual Gugu atingiu os maiores índices de audiência. Foi ao ar de 1993 a 2009 sob seu comando. Uma proposta da Rede Record ao apresentador, trouxe dor de cabeça a Sílvio Santos. Imediatamente, mudou o programa de horário, realizou cortes na equipe e tentou vetar a veiculação de alguns quadros. Gugu pretendia cumprir até o último dia de seu contrato, ou seja, ser funcionário do SBT até o final de março de 2010. Com a situação insustentável, rescindiu seu contrato em 7 de julho de 2009 em conversa amigável com Sílvio Santos.
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