
Por Carlos Montenegro
Nas últimas semanas, a TV Record vem conseguindo ficar horas a fio em primeiro lugar, e isso não é porque a emissora está a caminho da liderança. A razão desse fenômeno se explica por outro fenômeno, que se chama A Fazenda.
O reality show rural da TV bispos vem alcançando incríveis índices de audiência, chegando a registrar duas vezes mais que a segunda colocada. E o sucesso não se restringe somente aos dias em que a atração é exibida, o programa vem alavancando a grade da Record como um todo. Ontem (20/08) por exemplo, a média-dia da emissora foi de 11 pontos, num dia comum esse número não passa de 7.
A explicação está nos programas que se aproveitam do sucesso do reality, e levam para seu palco ex-participantes para comentar seu dia-a-dia no recinto, receber familiares, participar de desafios e dar nota para ex-colegas de confinamento, a fórmula é simples, porém muito bem-sucedida. E os principais beneficiados são o matutino Hoje em Dia e o vespertino Geraldo Brasil, ambos dirigidos por Vildomar Batista que sabe como ninguém aproveitar até a “última gota” do que dá audiência.
A pergunta que fica é: e quando acabar A Fazenda? O que a emissora fará manter os animadores índices? De imediato nada. Mas, já em novembro será exibida a segunda edição de A Fazenda.
Programando uma nova versão do reality tão cedo, a Record estará repetindo o mesmo erro de cansar o formato que o SBT cometeu com a Casa dos Artistas. A primeira edição da Casa foi ao ar em outubro de 2001 e devido ao grande sucesso em fevereiro de 2002 já tinha a Casa dos Artistas 2. Sem dúvidas, a Record poderia esperar um ano para produzir uma segunda edição de A Fazenda.
É evidente que vivendo de “eclipses” para alavancar sua audiência a Record não chegará a liderança consolidada, mas é importante verificar e reconhecer a capacidade da emissora em prender o telespectador e mostrar o que ele quer ver.
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